ADECA NEWS - SETEMBRO/2025

Adesão ao Tratado de Budapeste abre caminho para inovação no setor de bioinsumos – 16/09/2025

 

No último dia 16 de setembro, o Brasil formalizou sua adesão ao Tratado de Budapeste, um acordo internacional que unifica procedimentos para depósito de microrganismos destinados a patentes. Este é um marco importante para o setor de biotecnologia aplicada ao agronegócio, possibilitando a redução de custos e diminuição da burocracia envolvida, em que empresas e centros de pesquisa deixarão de depender de instituições estrangeiras para depositar microrganismos.

 

Para os produtores, os principais benefícios estão relacionados à queda de preços nos bioinsumos, os quais também devem chegar ao mercado mais rapidamente. Com relação às empresas, este cenário abre espaço para a inovação, desenvolvimento e homologação facilitada de novos produtos, fortalecendo a competitividade no mercado internacional.

 

 

Adesão ao Tratado de Budapeste abre caminho para inovação no setor de bioinsumos.png

Dessa forma, a adesão ao Tratado de Budapeste representa um importante passo estratégico para o agro brasileiro, especialmente para o setor de bioinsumos e biotecnologia. Com redução de custos, menos burocracia e maior autonomia científica, abrem-se portas para inovações mais rápidas e sustentáveis. Para os produtores, resulta em um maior potencial de acesso a produtos modernos e com melhor custo-benefício.

Fonte:

 

CANAL RURAL. Adesão brasileira ao Tratado de Budapeste reduzirá custos com bioinsumos, diz setor. 2025. Disponível em: <https://www.canalrural.com.br/agricultura/adesao-brasileira-ao-tratado-de-budapeste-reduzira-custos-com-bioinsumos-diz-setor/>.

Brasil ultrapassa os EUA e se torna o maior exportador de algodão do mundo – 15/09/2025

Brasil ultrapassa os EUA e se torna o maior exportador de algodão do mundo.png

O Brasil superou os Estados Unidos e assumiu, pela primeira vez na história, a posição de maior exportador global de algodão. Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa, 2025) e do USDA, a safra recorde de 2024/25, aliada à forte demanda internacional, consolidou o país como principal fornecedor da fibra natural.


Esse avanço é explicado pelo aumento da produtividade, pela expansão das áreas cultivadas e pela maior eficiência logística, sobretudo com os investimentos em infraestrutura nos portos do Arco Norte. Além disso, a conjuntura internacional (marcada por custos mais altos nos EUA e pela desaceleração da produção em outras regiões) favoreceu o algodão brasileiro, reconhecido pela qualidade e pela regularidade da oferta.

 

Para os produtores, o protagonismo nas exportações reforça a competitividade do setor, mas também exige cautela diante das oscilações cambiais e da pressão de custos no mercado interno. Já para o agronegócio brasileiro, a conquista consolida o algodão como uma das principais commodities agrícolas de exportação, ampliando a relevância do país no comércio internacional de fibras.

Fonte:

 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS PRODUTORES DE ALGODÃO (ABRAPA). Brasil bate recorde de exportações no ano comercial 2024/2025 e se consolida como maior exportador mundial de algodão. 2025. Disponível em: <https://abrapa.com.br/2025/08/21/brasil-bate-recorde-de-exportacoes-no-ano-comercial-2024-2025-e-se-consolida-como-maior-exportador-mundial-de-algodao/>. 

 

LAFERLINS. Panorama do algodão – setembro 2025: Brasil em alta nos estoques. 2025. Disponível em: <https://laferlins.com.br/blog/panorama-do-algodao-setembro-2025-brasil-em-alta-nos-estoques/>.

Produção de laranja na Flórida atinge menor patamar em quase um século – 19/09/2025

Conforme dados do USDA, na safra 2024/25, a produção de laranja na Flórida foi de 12,2 milhões de caixas, sendo o menor volume produzido desde 1932, durante a Grande Depressão. Esta produção representa uma queda de 82% em relação à produção observada 20 anos atrás. Dentre os fatores que explicam esta queda estão o greening, eventos climáticos extremos e a redução da área produtiva. Esta redução da oferta interna pode representar uma boa oportunidade para as exportações do suco de laranja brasileiro.


A doença bacteriana Huanglongbing (HLB), conhecida como greening, continua prejudicando a citricultura na Flórida, provocando redução da produtividade e extermínio das plantas doentes. Além disso, furacões e tempestades severas vêm causando danos diretos aos pomares, os quais demoram para se recuperar, levando muitos produtores a reduzir a área dedicada à cultura.


Desse modo, o Brasil pode aproveitar a oportunidade para intensificar sua participação no mercado e expandir as exportações de suco de laranja, o qual não foi afetado pelo tarifaço, para suprir a lacuna gerada.

Produção de laranja na Flórida atinge menor patamar em quase um século.png

Fonte:

 

AGRO ESTADÃO. Produção de laranja da Flórida atinge menor nível desde a Grande Depressão. 2025. Disponível em: <https://agro.estadao.com.br/agricultura/producao-de-laranja-da-florida-atinge-menor-nivel-desde-a-grande-depressao>.

Copom mantém Selic em 15% - 17/09/2025

Copom mantém Selic em 15%.png

Fonte: Metrópoles

 

O comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, diante de um ambiente marcado por incertezas no mercado internacional, pressões inflacionárias e tensões comerciais com os Estados Unidos. Segundo o comunicado, a decisão busca assegurar a convergência da inflação para a meta, mas também implica em manter a política monetária em contração por um período prolongado. Para o agronegócio, as principais consequências podem ser ambíguas, com o encarecimento do crédito e a valorização do real.


A partir da taxa básica de juros a 15%, o custo de financiamento permanece elevado, dificultando o acesso ao crédito e retardando projetos de expansão e modernização, principalmente de pequenos e médios produtores.

Com relação ao câmbio, taxas de juros mais elevadas tendem a atrair investidores estrangeiros, aumentando a entrada de dólares no país e, consequentemente, valorizando o real frente à moeda norte americana. Desse modo, a valorização do real diminui a atratividade das exportações, já que cada dólar convertido resulta em menos receita em reais, contudo, também possibilita a compra de insumos importados a melhores preços (AGROLINK, 2025).


Por fim, apesar da pressão inflacionária e das incertezas externas, a manutenção dos juros a patamares elevados reforça a busca por estabilidade, mas impõe desafios adicionais ao financiamento da produção e da inovação no campo.

Fonte:

 

AGROLINK. Agronegócio entre Selic elevada e dólar valorizado. 2025. Disponível em: <https://www.agrolink.com.br/culturas/%20milho/sementes/agronegocio-entre-selic-elevada-e-dolar-valorizado_506157.html>.

 

BANCO CENTRAL DO BRASIL. Copom mantém a taxa Selic em 15,00% a.a. 2025. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/20840/nota>.

Memorando entre Brasil e Reino Unido impulsiona fertilizantes sustentáveis e inovação no agronegócio – 20/09/2025

  

Na segunda semana de setembro, o Brasil e o Reino Unido assinaram um Memorando de Entendimento para cooperação e inovação na produção de fertilizantes mais sustentáveis. Conforme o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA, 2025), este acordo está inserido no escopo do Plano Nacional de Fertilizantes brasileiro e do recém criado Centro de Excelência em Fertilizantes e Nutrição de Plantas (CEFENP).


O acordo prevê cooperação científica e tecnológica para o uso mais eficiente dos nutrientes, principalmente o nitrogênio, o desenvolvimento de biotecnologias e tecnologias mais limpas, além de redução da emissão de gases do efeito estufa e a proteção dos recursos naturais. Para o produtor, este acordo pode significar fertilizantes mais eficientes, melhora da saúde do solo e menores impactos ambientais, reforçando a posição do país em mercados internacionais mais exigentes.

Memorando entre Brasil e Reino Unido impulsiona fertilizantes sustentáveis e inovação no agronegócio.png

Fonte:

 

CANAL RURAL. Brasil e Reino Unido firmam memorando sustentável com acordo voltado a fertilizantes. 2025. Disponível em: <https://www.canalrural.com.br/sustentabilidade/brasil-e-reino-unido-firmam-memorando-sustentavel-com-acordo-voltado-a-fertilizantes/>.

 

MAPA. Brasil e Reino Unido firmam memorando de entendimento em fertilizantes sustentáveis. 2025. Disponível em: <https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/brasil-e-reino-unido-firmam-memorando-de-entendimento-em-fertilizantes-sustentaveis>. 

Dólar em queda freia negócios de soja no Brasil – 22/09/2025

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Conforme apuração recente do CEPEA, a desvalorização do dólar, combinada com juros externos menores e juros internos elevados, está limitando a comercialização de soja no Brasil. Esta conjuntura impacta diretamente a paridade entre exportação e preços domésticos, visto que a queda do dólar reduz o retorno em reais para exportadores. Desse modo, os vendedores seguem uma postura cautelosa, evitando negociações que envolvam grande volume do grão.


Nos Estados Unidos, houve uma leve queda de 0,25 pontos percentuais nas taxas de juros, enquanto no Brasil, a taxa Selic segue a 15%. Este cenário tende a atrair capitais externos em ativos brasileiros, valorizando o real frente ao dólar. Logo, produtores devem escolher entre vender parte da produção ou esperar por condições cambiais mais favoráveis. Contudo, quando as exportações se tornam menos atrativas, a concorrência no mercado interno tende a aumentar, levando a negociadores ofertarem preços menores aos produtores, os quais precisam de cautela para não fechar contratos desfavoráveis.

Fonte:

 

CEPEA. SOJA/CEPEA: QUEDA DO DÓLAR LIMITA NEGÓCIO NO BR. 2025. Disponível em: <https://www.cepea.org.br/br/diarias-de-mercado/soja-cepea-queda-do-dolar-limita-negocios-no-br.aspx>. 

Indicador de algodão atinge nível mais baixo em dois anos – 10/09/2025

No início de setembro o valor do algodão em pluma no Brasil voltou aos níveis mais baixos, que não se viam há mais de dois anos. Segundo levantamento do CEPEA, o preço operava abaixo de R$ 3,80 por libra-peso, reflexo da oferta crescente, desvalorização cambial e demanda mais fraca. Desde então, até o dia 22 do mesmo mês, o indicador continua em queda, mantendo-se abaixo de R$ 3,70 por libra-peso.


De forma similar com o que ocorre com a soja, a desvalorização do dólar e a queda dos preços internacionais reduziram incentivos para a exportação. Ademais, com o avanço da safra e o aumento da oferta, além da postura cautelosa dos compradores, os preços domésticos também tendem a cair.

 

Desse modo, a queda do indicador do algodão aponta para um momento desafiador para o setor, em que a combinação de oferta elevada, demanda moderada e condições externas desfavoráveis pressionam duramente as margens dos produtores.

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Fonte:

 

CEPEA. ALGODÃO/CEPEA: INDICADOR CAI AO MENOR PATAMAR EM MAIS DE DOIS ANOS. 2025. Disponível em: <https://www.cepea.org.br/br/diarias-de-mercado/algodao-cepea-indicador-cai-ao-menor-patamar-em-mais-de-dois-anos.aspx>.

   

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